O Pasquim foi um semanário brasileiro editado no Rio de Janeiro de 1969 a 1991, reconhecido por seu papel de oposição ao regime militar.
De uma tiragem inicial de 20 mil exemplares, que a princípio parecia exagerada, o semanário (que sempre se definia como um hebdomadário) atingiu a marca de mais de 200 mil em seu auge, em meados dos anos 70, se tornando um dos maiores fenômenos do mercado editorial brasileiro.
A princípio uma publicação comportamental (falava sobre sexo, drogas, feminismo e divórcio, entre outros) o Pasquim foi se tornando mais politizado a medida que aumentava a repressão da ditadura, principalmente após a promulgação do repressivo ato AI-5. O Pasquim passou então a ser porta-voz da indignação social brasileira.
O projeto nasceu no fim de 1968 após uma reunião entre o cartunista Jaguar e os jornalistas Tarso de Castro e Sérgio Cabral; o trio buscava uma opção para substituir o tablóide humorístico A carapuça, de Sérgio Porto (que acabara de falecer).
O nome Pasquim, que significa "jornal difamador, folheto injurioso", foi sugestão de Jaguar; "terão de inventar outros nomes para nos xingar", disse ele, já prevendo as críticas das quais seriam alvo.
Continua na próxima edição.