...o interesse, mas durante todo o período em que a equipe esteve encarcerada - até fevereiro de 1971 - o Pasquim foi mantido sob a editoria de Millôr Fernandes (que escapara à prisão), com colaborações de Chico Buarque, Antônio Callado, Rubem Fonseca, Odete Lara, Gláuber Rocha e diversos intelectuais cariocas.
As prisões continuariam nos anos seguintes, e na década de 80 bancas que vendiam jornais alternativos como o Pasquim passaram a ser alvo de atentados a bomba. Aproximadamente metade dos pontos de venda decidiu não mais repassar a publicação, temendo ameaças. Era o início do fim para o Pasquim.
O jornal ainda sobreviviveria à abertura política de 1985, mesmo com o surgimento de inúmeros jornais de oposição e de novos conceitos de humor (Hubert, Reinaldo e Cláudio Paiva, egressos do Pasquim, fundaram O Planeta Diário). Graças aos esforços de Jaguar, o único da equipe original a permanecer no Pasquim, o semanário continuaria ativo até a década de 90. A última edição, de número 1.072, foi publicada em 11 de novembro de 1991. Mas antes, no carnaval carioca de 1990 toda a equipe do Pasquim foi homenageada pela escola de samba Acadêmicos de Santa Cruz com o enredo “Os Heróis da Resistência”. Continua na próxima edição.