Nesta edição tão especial do Jornal O PIU, publicamos uma foto do bem sucedido Ziraldo, que se destacou com sua arte, sua irreverência, seu humor. Uma homenagem ao presente lembrando do passado, mirando um futuro próspero. Podia ter sido graças a um João, ou um José, mas desta vez um Antonio! Martinho Antonio Collin Olivatto, sucedido do bem, que Deus te abençõe e te faça sempre iluminado e bem sucedido, como faz a todos nós, a cada dia, a cada gesto do bom ser humano!
por Roberto Bonomi
Como é bom poder ter ideais, esta convicção que muitos julgam saber o que, compreender de fato não é para qualquer um. É na verdade um estado de espírito, que quando verdadeiro, se engrandece à medida que acreditamos e nos desenvolvemos. Não é para este mundo, é para a existência eterna, pregada e falada (ou melhor, outrora vivificadas) por muitos, por milhões, e compreendida por quase ninguém. Sim porque não vemos estas atitudes na vida real, ou melhor, nesta vida aqui onde estamos envolvidos numa penumbra de cor lamacenta, cor de sujeira, que não vislumbra um horizonte além de materialismo e falta de percepção. Será o “laboratório” da evolução? Será este meio a régua da razão? Desde muito pequenino tenho consciência de algumas coisas, e uma delas que sempre comentei com meus amigos é que quando nascemos e somos crianças, temos uma percepção pura e lúcida de como devemos sentir as coisas, como agir, regidos pelo instinto, deflagrando o inexato. Sentimento a flor da pele, a prova de qualquer teste, mas, é claro protegido pela incapacidade de concernimento, dai a razão e a prova de que isso existe. Como a vida e a morte. Não pode ser testado ou tão pouco decifrado, quiçá assimilado, jamais discutido este poder, porque a infância está protegida pela fragilidade de sua natureza, se aperta quebra, quando somos pequenos ingênuos, verdadeiros gigantes. Sempre esteve claro para mim que isso acontece e tenho, hoje em dia, depois de adulto, vivido, contemplador de muitas experiências das mais diversas fontes, de desejos e ensejos, note que tenho, à mão, a prova dos nove. Para isso é claro mantive uma linha constante, alta e baixa, porém vibrando no mesmo patamar. Apesar de experiências diversas, o limite foi meu lema, e a capacidade de agir corretamente minha constante. Hoje comprovo que depois de quase quarenta anos vivendo neste mudo maravilhoso, sim maravilhoso, para quem pode ver, comprovo que ao nascermos temos o dom e pureza da vida que nos é permitido pelo Criador, nosso querido e amado Criador. Aquele que nos dá a chance, somente interpretados de verdade nos momentos difíceis, na “perspectiva da rã” como descreve Nietzsche, tão ilustre mente humana que será por poucos párias, considerado sóbrio em suas idéias, pelos babacas que antes de poder entender rotulam, exatamente porque não podem. Como foi Jesus de Nazaré, claro que em outro nível espiritual, Siddhartha Gautama, que atingiram o ápice do pensamento, decifraram o enigma da vida, da boa vida. Mas, depois de tanto tempo, ainda, remamos na direção contrária. Vi outro dia na televisão aquele cara dando dinheiro para todo mundo, a esmo, sorrindo, se deleitando, e depois de tanto tempo vendo aquilo, consegui enxergar... Quanta pobreza... Tanta necessidade ao redor, tantos meios banais de resolvê-la, com meras cifras, e um cego esbanjando vaidade... E nos últimos momentos (me vêm lágrimas nos olhos neste momento) Ele ainda disse “Pai, perdoai-os... Eles não sabem o que fazem...”