por VERA CAVINATO
Coordenadora dos Professores sa E. E. Brasil
O ano de 2010 já vai alto e nós, brasileiros, pegamos realmente no tranco, depois do carnaval.
Fizemos planos, reviramos nossos objetivos, restabelecemos metas e, com a “casa” em ordem começamos a luta em direção do que queremos.
Para enfrentarmos a luta diária, a primeira condição é derrubar os preconceitos – e olhe que temos muitos!
O preconceito surge em virtude dos medos que carregamos: medo de ser diferente, medo de viver de forma diferente, medo de ser apontado na rua como “o”diferente.
Na verdade, todas as vezes que olhamos para o outro, enxergamos nele nosso medo: eu não queria ser como ele é.
E isso é um entrave para o relacionamento, para a harmonia, para a convivência humana.
Nosso mundo tão moderno está tão cheio de destaques e eu, tão simples, tão humano, tão comum, como sobreviverei? Como não ser devorado e esquecido?
Eu, você, todos enfim, devemos valorizar nossos pequenos talentos: conversar, sorrir, dançar, desenhar, jogar futebol, andar de skate, cantar, ser educado, ser leal, estar sempre pronto pra ajudar o próximo...
Existem tantos talentos que não dependem de posição social, conta bancária, inteligência, raça, credo, crença política. E olhar para o outro como se olhássemos num espelho é o maior talento que possuímos. Desejar a ele o que nós gostaríamos de ter para nós mesmos. Aceitar a diferença do outro como se nós fôssemos iguais a ele. Caso contrário ficaremos sempre isolados, armados objetiva e subjetivamente. Precisamos aprender que o sucesso nem sempre precisa de holofotes, de platéia e de aplausos. Todos temos alguns dons. E eles são muito importantes. E sobrevivem na nossa solidão. E é com eles que construímos nosso sucesso pessoal.
É hora, então, de nos enxergarmos por inteiro, por dentro e por fora, sem fantasias.