por VERA CAVINATO
Coordenadora dos Professores da E. E. Brasil
“O conformismo é carcereiro da liberdade e inimigo do crescimento.”
John F. Kennedy
Muito já se falou ou se escreveu sobre essa questão, e muito se há de falar ainda. Brigas, lutas, revoltas, muitas vezes, são inúteis. Mas o conformismo é devastador. É como se uma pessoa se rendesse à sina traçada pelo destino e desprezasse, por inteiro, o livre arbítrio.
“Entregar os pontos, jogar a toalha, pendurar as chuteiras”, só pra citar algumas expressões características do conformismo, são aquelas que impedem a batalha.
Às vezes, a dor parece imensa, a desilusão, as dúvidas, as desconfianças, tudo impossibilita a ação, trava os movimentos.
Mas o que teria acontecido com a humanidade se as pessoas não tivessem tomado atitudes de mudança, se tivessem permanecido de braços cruzados, se tivessem se entregado ao desânimo, à desesperança?
Quanto tempo se perde com lástimas, com reclamações, com covardias disfarçadas? É hora de arriscar, de cuidar da vida, de investir em algo real, de parar de blefar.
Hoje o dia pode estar escuro, pode-se nem ver o sol, pode ser que chova, pode até ser que o mundo acabe. Mas... E se não acabar? Corre-se o sério risco de o dia clarear! E cobrar uma atitude. A vida não é uma roleta russa, ou é?
É permitido bater a cabeça na parede. Mas uma vez só! É permitido um ataque de nervos, mas só de vez em quando! Não se pode pedir dispensa da vida, não se pode faltar a um dia da vida, não se pode tirar licença da vida.
É preciso, urgentemente, decidir-se pela vida e pelo que ela tem de melhor, pelas coisas sérias e inteligentes, pela integridade, pelo bem, pela justiça, pela leitura, pelo estudo, pela discussão saudável, pela crítica sincera, por tudo o que, de fato, ajuda a formar as ondas que movimentam esse oceano. Pra que ninguém seja flagrado no confinamento da desesperança.