POR BETO CORLATTI
NOVA ZELÂNDIA-PACÍFICO SUL [1/2]


Pois é, galera! A viagem ate outro lado do mundo é bem longa. Chega-se a cruzar a linha Internacional da Data. Estou aqui, do outro lado do mundo, um dia na frente, no centro-sul do Pacífico, em terras vulcânicas, no cenário do filme Senhor dos Anéis... Enfim, estou na Nova Zelândia (New Zealand ou Aotearoa na língua Maori). Maori? Sim, Maori! O povo indígena da New Zealand. Os colonizadores polinésios chegaram provavelmente entre os séculos VI e XIV D.C., estabelecendo a cultura indígena Maori. Mas não foram só os polinésios que quiseram esse pedacinho de terra perdido no centro-sul do Pacifico. O país foi descoberto em 1642 pelo explorador holandês Abel Tasman, mas foi o inglês James Cook quem reivindicou as ilhas para a Coroa britânica em 1769. Que pedacinho de terra concorrido! Tem 4 milhões de habitantes e é dividido em 2 ilhas. Ilha norte e ilha sul. E tem uma ilha pequena que se chama Stewart, a mais próxima do pólo sul. Saí do Brasil no dia 24 de julho de 2007, uma quarta-feira. Cheguei aqui dia 26 de julho de 2007 numa sexta-feira. Foram 20 horas de viagem com conexões e atrasos básicos do Brasil ate Wellington, a capital, cidade onde morei por 3 meses “Mas como que tu chegou só na sexta?” Aqui já era sexta, estamos um dia à frente, quando aqui é dia, no Brasil é noite! Hoje por exemplo, é domingo, 24 de agosto, 10h35 e, no Brasil, é sábado, dia 23 de agosto, 19h35! A chegada no aeroporto em Auckland (minha primeira conexão no país) foi muito legal! Cada figura que vi sem noção, de vários países e varias culturas. É lá que agente tem que passar pela imigração. Eu parecia o ator daquele filme “O Terminal”! Não entendia quase nada q os agentes falavam e só ia andando através de gestos! He he he, pois aqui o inglês britânico é bem diferente do que agente está acostumado a ouvir em filmes. Os kiwis (não a fruta, os neozelandeses como são chamados aqui) têm hábitos muito diferentes dos nossos. Eles gostam de andar de pés descalços (no shopping, supermercados, rua...), como são de origem britânica, a maioria tem pele bem clara, cabelos bem clarinho (quase branco) e olhos azuis ou verdes. Já os Maoris, têm características bem diferentes por serem de origem polinésia (morenos, pele mais escura e estrutura grande, tem uns que são bem gordos!). O povo daqui tem o hábito de tomar café na rua e os pratos mais pedidos são ”Baccon & Eggs” (dois ovos, dois pães torrados, bacon e tomate grelhado), Banana Pancake (uma banana dividida ao meio na chapa, massa de panqueca e “maple syrup”que é o xarope de uma árvore), salada de frutas com iogurte e cereais. O chá é misturado com leite (cultura inglesa) e muitas vezes acompanhado de um muffin (um pouco diferente dos muffins do Brasil). Eles sempre pedem café que tem leite (mocha, cappuccino, cafe latte, flat White) para acompanhar as refeições! Sim, muito estranho... Já cheguei a ver em um café aqui coisas estranhas como, por exemplo, sopa de frutos do mar acompanhado de uma xícara de “cafe latte”, massa com molho branco acompanhada de uma taça de cappuccino, “Fish of the Day” com “mochaccino”. Imagina o “revertério” que deve dar no estômago de quem não está acostumado como nós, brasileiros. É uma combinação que não combina, digamos assim. Mas o prato típico é o “Fish & Chips” (peixe e batata-frita). Geralmente é takeaway (para levar) e vem enrolado em papel manteiga ou pardo e jornal por fora. Chuva não é desculpa para sair de casa. Pode estar o maior toró que mesmo assim, encontraremos gente em bares, cafés e restaurantes. Filho pequeno também não é desculpa para não fazer exercícios. É muito comum ver mãe caminhando ou correndo (isso mesmo, correndo) empurrando um carrinho. Elas têm um carrinho especial para isso, com uma tela protetora e de três rodas (uma na frente e duas atrás). Muito comum, também, é ver idosos dando aquela caminhada e até subindo o mount Mauao (olha que é bem alto). Aqui é mão inglesa (por que será? hehehe), os carros têm a.....CONTINUA...