editorial #60 outubro de 2009
Cinco anos de vida! Jornal O PIU completa cinco anos de vida maravilhosos. Queria fazer um agradecimento a Deus, a Essa Energia Boa, por ter nos dado este privilégio de alcançar esta marca, este dia, e também pedir forças e Sua Benção para continuar por muitos e muitos anos este trabalho que só está começando.
Tivemos o prazer de, durante este tempo, conhecer muitas pessoas maravilhosas e grandes seres humanos que contribuíram para que nosso caminho. O primeiro que me vem à mente é o querido amigo Reinaldo Pivetta, que além de ser um dos patrocinadores, nos apóia com sua amizade e sua atitude espirituosa que nos enche de orgulho e satisfação. Obrigado querido amigo Reinaldo por quem você é, e por fazer parte de nossa vida.
Outras pessoas importantes para nosso trabalho são a equipe da Escola Brasil, porque são pessoas que nos ensinam sempre uma lição de simpatia, bom humor e disciplina como a Valéria, o Professor Ray, e o Diretor Senhor Oswaldo. Sua colaboração nos é muito cara, e muito nos honra. Nosso muito obrigado por todo este carinho.
Quando vou a Escola Brasil me sinto bem e o ambiente me faz lembrar os tempos da escola, uma boa escola, uma escola da vida!
Também quero agradecer a Renato Hachich Maluf que vem nos apoiando desde o começo de nosso trabalho. No mundo sem valores em que vivemos hoje, Renato ainda é uma referência para nós, sempre muito educado. Mostra que tem caráter. Gostaria de agradecer sinceramente todo seu apoio e atenção durante todos estes anos de nossa estimada parceria e amizade Caro Renato!
Gostaria de agradecer ao meu Pai, Enrico (in Memoriam). Em nosso começo pretensioso e ousado, Papai me deu muito apoio, e sua aprovação sincera foi o meu maior impulso. Com seu sorriso, eu lembro bem, dizia vai filho, vai meu filho.
Este incentivo não se refere propriamente, e tão somente ao ideal em questão, mas sim de uma mão amiga que quer o bem, o bem de todos, que quer o amor, e todos sabem, estes são nossos ideais.
Muitas pessoas foram importantes, e com certeza vou deixar de citar o nome de várias, num texto que exigiria tempo e cuidado para a elaboração, o que não é o caso. Minha mulher, a mais importante, Maira Bonomi e nosso filho Pedro, Enrico e Lucia Bonomi, Marco Guiselini, Wagner Morente, Toninho Sartori, Marcos Fontana, Paulo Cesar Cavazin, Eudoxia Castro Quiterio, Reinaldo Bastelli, Pedrinho Kühl, Antonio F. dos Santos, Camilo Riani, Moisés de Souza Silveira, Claudio Tosin, Ray Costa, Jurandir Bella, e tantas outras pessoas que foram fundamentais para esta comemoração.
Destas pessoas, quero dedicar estes cinco anos de trabalho a mais importante delas, já citada acima que é a Maira, minha mulher, Mãe do meu filho Pedro. Quero dedicar estes cinco anos de esforços, perseverança e coragem a pessoa que contribuiu de maneira sem igual para a realização de tudo que foi feito. Não é colaboradora do Jornal, é uma colaboradora de muito, muito mais. Umapessoa muito especial para mim, e que com certeza, que fez diferença para o dia de hoje. Meu mais profundo afeto e agradecimento por você Amor, a mulher mais linda do mundo, mais digna, que me apaixonei quando vi. Você sabe disso.
É com a Maira, com todas estas pessoas maravilhosas, que citamos acima e que não citamos, mas estão em nosso coração, é que conseguimos construir este grande sonho virar uma realidade para todos, alcançando neste ano de 2009, trita e três países do mundo em nossas inscrições do V Salão de Humor de Limeira.
ZIRALDO VISITA LIMEIRA
Chocante e com muito desembaraço no verbo, o cartunista e escritor (entre outros) Ziraldo faz o público rir no Tetro Vitória em sua primeira visita à Limeira. Com frases de arrepiar como "Como é bom falar mal dos outros, por trás, é claro" ou "Os professores não lêem, 90% não sabe nada..." o publico que se divertiu bastante e parece não entender direito o teor e a importância das críticas feitas, já que a maioria dos presentes era constituída da rede de ensino de nossa cidade.
Diz que ler, escrever e ser cidadão é o mais importante no aprendizado de nossas crianças. Assim continuou, por exemplo, elogiando o nosso Hino Nacional, e dizendo que no Brasil não temos ódios eternos, e que tudo tem solução em nosso país.
Realmente apesar de muitas verdades ditas não sentimos que os artistas de renome no Brasil contribuem de forma edificante para a construção de nossa cidadania. Não têm noção de estrutura em longo prazo, único capaz de reverter a situação do analfabetismo do povo brasileiro e da falta de civismo, contribuindo assim para seu próprio mal estar. Freud explica.
O Jornal O PIU perguntou porque os grandes artistas não usam sua influência em conjunto para um planejamento de melhorias para o futuro do Brasil, já que muito têm esta experiência vivida de dificuldade em seu passado pobre. Ziraldo não foi objetivo em sua resposta....
Ziraldo em palestra no Teatro Vitória faz a plateia rir e solta o verbo para as questões mais críticas de nosso país como "Noventa porcento das pessoas quer comprar pronto. Ainda bem que é assim, podemos fazer algo..." ou "O Brasil não é Oriente Médio que está em guerra há 6 000 anos, não temos ódios eternos. Temos solução para tudo". Utopia ou verdade?? Polêmico como sempre diz "Internauta é um babaca" ou escracha dizendo "A humanidade é feita de idiotas". critica a grande mídia e os personagens das novelas
Capa autografada para o Editor do Jornal O PIU. Quem tem mais de cinquenta anos vai se lembrar dela na páginas de O PASQUIM do qual Ziraldo é um dos fundadores
DO MUNDO
Lucas 23:34
PAULO CESAR CAVAZIN
Impropério, de tanto que ainda exista,
não há como xingar o horror que encerra...
Se os escabrosos palavrões da terra
são débeis para o instinto armamentista...
No mundo, não há artista a querer guerra,
se foge até a palavra ao que é artista.
Se a arte não traduz o anormal que erra.
Se em cinzas, a Poesia nos contrista.
Piedade, não há mais ao mundo inculto,
nem mesmo à tal nação que sobressai!...
Já não pede Jesus o antigo indulto,
mas sua flama é veemente e pela Paz:
— Que se extinga a violência!... Porque, ó Pai,
já sabe, cada qual, o mal que faz!...
No aniversário do Jornal O PIU de cinco anos tivemos a benção deste raio dos céus para recarregar nossas energias! Assim teremos forças para continuar nossa luta em favor das artes e da cultura. Queria agradecer a todos e também nosso amigo Wirtu que ajudou a capturar esta imagem que o leitor agora vê ao lado
por Roberto Bonomi
MÃE RAINHA
Nossa Senhora Mãe de Cristo,
Que quando criança, O acompanhou.
Nós, que pequeninos sempre seremos,
De Vossa proteção sempre precisaremos!
Mãe Rainha, minha Mãe,
Mãe de Cristo,
Mãe de toda humanidade,
De nós tenhais piedade.
Mãe Rainha que em todo universo espargis luz.
Luz da paz, da bondade, do amor, de esperanças mil,
Nossa Senhora Padroeira do Brasil,
Maria querida, Mãe de Jesus.
Com Vosso sorriso santo, alegrai nossos dias.
Com Vossa sabedoria ensinai-nos a amar, a perdoar!
Com Vossas mãos apontai o caminho a seguir,
Para as bênçãos de DEUS conseguir!
Mãe Rainha esperança,
Sorriso, bonança, caridade e esplendor,
Justiça, amparo e amor, Mãe Rainha,
Esperança da humanidade que à procura de paz caminha
Virgem Maria,
Rainha da Sagrada Família,
Ajudai-nos para que façamos um templo do nosso lar
E nele uma família linda abrigar!
Nossa Senhora Mãe Rainha que nos quereis bem,
Velai pelos que precisam de saúde e trabalho.
Dai Amor, Dignidade e Fé aos que não têm e com isto
Todos sejamos dignos das promessas de Cristo!
CACIQUE
Em 1855, o cacique Sesttle, da tribo Suquamishi, do Estado de Washington, enviou uma carta ao Presidente dos Estados Unidos, France Pierce, depois de o Governo haver dado a entender que pretendia comprar o território ocupado por aqueles índios. Faz mais de 150 anos, mas o desabafo do cacique tem uma incrível atualidade. A Carta:
"Como podeis comprar ou vender o céu, a tepidez do chão? A idéia não tem sentido para nós.
Se não possuímos o frescor do ar ou o brilho da água, como podereis comprá-los? Qualquer parte desta terra é sagrada para meu povo. Qualquer folha de pinheiro, qualquer praia, a neblina dos bosques sombrios, o brilhante e zumbidor inseto, tudo é sagrado na memória e na experiência do meu povo. A seiva que percorre o interior das árvores leva em si as memórias do homem vermelho.
Os mortos do homem branco esquecem a terra de seu nascimento, quando vão pervagar entre as estrelas. Nossos mortos jamais esquecem esta terra maravilhosa, pois ela é a mãe do homem vermelho. Somos parte da terra e ela é parte de nós. As flores perfumadas são nossas irmãs, os gamos, os cavalos, a majestosa águia, todos nossos irmãos. Os picos rochosos, a fragrância dos bosques, a energia vital do pônei e do homem, tudo pertence a uma só família.
Assim, quando o grande chefe em Washington manda dizer que deseja comprar nossas terras, ele está pedindo muito de nós. O grande chefe manda dizer que nos reservará um sítio onde possamos viver confortavelmente por nós mesmos. Ele será nosso pai e nós seremos seus filhos. Se é assim, vamos considerar sua proposta sobre a compra de nossa terra. Mas tal compra não será fácil, já que essa terra é sagrada para nós.
A límpida água que percorre os regatos e os rios não é apenas água, mas o sangue de nossos ancestrais. Se vos vendermos a terra, tereis de lembrar a nossos filhos que ela é sagrada, e que qualquer reflexo espectral sobre a superfície dos lagos evoca eventos e frases da vida de meu povo. O marulhar das águas é a voz dos nossos ancestrais.
Os rios são nossos irmãos, eles nos saciam a sede. Levam as nossas canoas e alimentam nossas crianças. Se vendermos nossa terra a vós, deveis vos lembrar e ensinar nossas crianças, que os rios são nossos irmãos, vossos irmãos também, e deveis a partir de então dispensar aos rios a mesma espécie de afeição que dispensais a um irmão.
Nós mesmos sabemos que o homem branco não entende nosso modo de ser. Para ele um pedaço...
La Corta Coltura
(É italiano morador de nossa querida
Limeirinha há muito tempo...)
Buon giorno, amigo limeirense, espero que tutti, se non esteja jóia, esteja ao menos bijuteria con te. Chi non va bene è nostra Limeira, perché me falta cultura in questa città... Qui, os único debate que me acontece é os de mesa de boteco, e a moderadora, nos caso, é as cerveja ou as pinga.
Arte teatral em Limeira só mesmo a dos louco que me berra a Santa Bíblia nas praça. E como noi non tem ópera, noi se contentemo com os berro de peão no cio (ma, ainda hoje, io non entendo como os homi me conquista as vaca com quelle mugido esganiçado).
Já os único museu com história relevante in Limeira son os velho que me fica sentado nos banco das praça vendo os movimento passar. Eles funciona nos domingo, das oito às dezesseis hora.
Se visse quella pintura de Dom Pedro I, quella em que ele me monta um cavalo às beira do rio Ipiranga, o limeirense me perguntaria de que festa do peão era quella foto...
Perché as gente de questa città me usa cabresto: quando me olha além dos próprio umbigo, os limeirense non me enxerga mais do que os próprio cazzo, capisce?
Per hoje, questo è tutti. Cuidado com as rua, olha intorno, saiba que em terra de limeirense quem tem due olho aberto è rei. E attenzione, perché nem tutti que reluz è apenas jóia folheada. Arivederci, amici.
O Pasquim [1/4]
De uma tiragem inicial de 20 mil exemplares, que a princípio parecia exagerada, o semanário (que sempre se definia como um hebdomadário) atingiu a marca de mais de 200 mil em seu auge, em meados dos anos 70, se tornando um dos maiores fenômenos do mercado editorial brasileiro.
A princípio uma publicação comportamental (falava sobre sexo, drogas, feminismo e divórcio, entre outros) o Pasquim foi se tornando mais politizado a medida que aumentava a repressão da ditadura, principalmente após a promulgação do repressivo ato AI-5. O Pasquim passou então a ser porta-voz da indignação social brasileira.
O projeto nasceu no fim de 1968 após uma reunião entre o cartunista Jaguar e os jornalistas Tarso de Castro e Sérgio Cabral; o trio buscava uma opção para substituir o tablóide humorístico A carapuça, de Sérgio Porto (que acabara de falecer).
O nome Pasquim, que significa "jornal difamador, folheto injurioso", foi sugestão de Jaguar; "terão de inventar outros nomes para nos xingar", disse ele, já prevendo as críticas das quais seriam alvo.
Continua na próxima edição.